As cores também possuem significados importantes para as camadas mais interiores do inconsciente, no qual estão armazenados os conhecimentos e experiências de toda a humanidade.
Por pertencer aos tipos mais antigos de símbolos, as cores, como símbolos arcaicos, possuem um significado extracultural. O cristianismo, o budismo, o hinduísmo, o indianismo, a alquimia e até mesmo o simbolismo da bruxaria estão ligados sempre a determinadas cores, que sempre serão as mesmas.
As janelas das igrejas cristãs sempre possuíam um significado evidente e ao mesmo tempo oculto, baseado no simbolismo das cores; de maneira idêntica as mandalas tibetanas e as mandalas de areia dos índios navajos. Que o deus Mercúrio bem como o arcanjo Gabriel sempre sejam apresentados na cor amarela como símbolo do espírito; que a virgem Maria, como uma alma protetora de todos os seres, geralmente é apresentada num manto azul-celeste; que desde a Idade Média sejam preferidos tons de vermelho para representar retratos da vida citadina e campestre; que nas pinturas da Idade Média no primeiro plano geralmente predominem os tons de vermelho, no plano médio muitas vezes tons de verde e no plano de fundo quase sempre predominem os tons de azul, comprovam o conhecimento secular do poder e do significado profundo das cores.
A manifestação das cores é o mais fundamental em todos os sistemas de simbolismo, pois permite entrar em contato com as camadas mais profundas da alma. Sem este contato, qualquer simbolismo perde seu significado.
Poderá fazer o seguinte, por exemplo, para complementar as lembranças dos sonhos: quanto mais intensivamente tentar se lembrar dos seus sonhos, tanto maior será a possibilidade de se lembrar de certas cores, que geralmente são a chave simbólica para a interpretação dos sonhos. Principalmente os sonhos, que são comunicações diretas da alma, possuem a propriedade de ressaltar e tornar compreensíveis determinadas propriedades através de determinadas cores.
Vollmar, Klausbernd. O poder das cores.
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