No mundo dos relacionamentos há um fator primordial para que tudo dê certo: o relacionamento intrapessoal.
O relacionamento intrapessoal é o modo como a pessoa se relaciona consigo mesmo, é a capacidade de saber reconhecer seus sentimentos e quando ele está acontecendo. Quando sou capaz de identificar em mim e nomear um sentimento ou uma emoção, facilmente consigo identifica-lo naquele que está na minha frente. Desta forma vou saber como amenizar ou controlar uma situação para que a mesma não se transforme numa catástrofe.
Você é capaz de reconhecer e identificar quando está com raiva, com medo, ou triste? Você consegue perceber o momento em que está diante
de uma situação que esteja lhe provocando a euforia?
Não são todas
as pessoas que conseguem lidar com a raiva, por exemplo, ou que conseguem
perceber que estão a um passo da euforia e que isto pode colocar tudo por água
abaixo.
Geralmente as
pessoas usam a raiva contra si e acabam piorando a situação. A energia da raiva
costuma se alojar no estômago causando o aquecimento e o descontrole dos
impulsos e ações. De certa forma a raiva não é o pior dos sentimentos, pois é
passageira e também serve para nos posicionar.
Alguém pode
ficar com raiva porque caiu e torceu o pé, ou porque não conseguiu passar num
concurso ou até mesmo porque outro a ofendeu. Porém, quem não está acostumado a
perceber quando está ficando com raiva, acaba partindo para o segundo momento
que é o ódio. Este nos leva a agir de forma primitiva, partindo para agressão, o
verdadeiro “tomou, levou”.
Podemos
aprender a lidar com estes sentimentos e controlar melhor nossas emoções, antes
mesmo delas acontecerem. Conseguimos isto quando somos capazes de reconhecer
nossos limites e o que desperta cada um destes sentimentos, para que em
determinada situação possamos desviar do resultado final.
A forma como
sentimos (sentimento) uma situação nos levará a uma reação instintiva (emoção).
A emoção desencadeia reações orgânicas, como a sensação da raiva que leva a dar
soco na mesa, por exemplo. Uma vez que você aprender a reconhecer a forma como
costuma sentir as coisas, saberá onde isto poderá te levar e assim vai
aprendendo a desenvolver novos hábitos e novos comportamentos, que com certeza
irão favorecer nos seus relacionamentos interpessoais.
Pesquisadores
afirmam que são cinco os sentimentos mais importantes do ser humano: alegria,
raiva, tristeza, amor ou medo. O relacionamento interpessoal é a capacidade que
se tem de identificar no outro o que ele está sentindo na sua presença.
A alegria em
excesso se transformará em euforia, o que não é bom, pois o eufórico fica
ansioso, perde o senso, pode até mesmo parecer deselegante. Numa situação
extrema pode deixar uma imagem que nunca mais conseguirá recuperar. O excesso
de raiva, conforme falamos anteriormente, poderá se transformar no ódio. Este
por sua vez causa transtornos orgânicos como taquicardia, desconforto no
estômago e em sua crescente poderá levar a pessoa a ter comportamentos
agressivos.
Já o excesso da
tristeza levará a pessoa para perto da depressão, causando, também desalinhos
orgânicos como ansiedade, alteração do pulso cardíaco, falta de apetite,
isolamento, etc.
O amor confuso
e fora do controle pode se transformar em algo obsessivo como a paixão
desenfreada. A pessoa passa a pensar que deve possuir o controle do outro,
transformando-se em alguém excessivamente ciumenta, grudenta, insegura e em
função do medo de perder o outro, acabará perdendo realmente, pois ninguém
aguenta uma personalidade desse tipo. Não é mesmo?
Já o sentimento
do medo poderá atrair o pânico que é uma emoção. Quando não há fé, e nem mesmo
confiança em algo maior, poderá a pessoa se ocupar com o medo. Porém o medo
pode ser algo como autoproteção ou autopreservação. Quem tem medo de cachorro,
por exemplo, talvez nunca será mordido por um, porque nunca se aproximará
dele.
Identificar no outro
e entender como lidar com os sentimentos, com certeza nos tornará mais próximos
das pessoas com quem convivemos. Nossos hábitos serão diferentes e nossa
comunicação será melhor e mais compreensiva, sabendo como interagir melhor com
o mundo e com as nossas coisas.
Ótimo texto, esclarecedor.
ResponderExcluirLúcia Tambara